Raiff Matos pede minuto de silêncio pela morte de patriota no presídio da Papuda
Na abertura do Grande Expediente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta terça-feira, dia 21, senti a necessidade de prestar um tributo à memória de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido carinhosamente como “Patriota Clezão”. Foi com pesar que pedi um minuto de silêncio em solidariedade à sua tragédia, ocorrida após um mal súbito durante o banho de sol no Complexo da Papuda, em Brasília (DF).
Clezão, um dos detidos pelos eventos de 8 de janeiro, viu sua vida ser ceifada mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter concordado, em setembro, com um pedido de liberdade apresentado por sua defesa. Essa notícia abalou a todos nós e despertou a reflexão sobre a complexidade do sistema judiciário.
É doloroso constatar que, mesmo com laudos médicos atestando sua condição precária de saúde, Cleriston permaneceu detido. Foram 36 atendimentos dentro da penitenciária, sinalizando um clamor por ajuda que não foi totalmente ouvido. A Associação dos Presos destaca que outros indivíduos enfrentam situações semelhantes, o que nos impõe a responsabilidade de não aceitar passivamente essa forma de violência do Judiciário.
A morte de Clezão é, sem dúvida, uma tragédia que poderia ter sido evitada. Ao prestarmos homenagem e expressarmos nossa solidariedade, também é imperativo que busquemos respostas para questionamentos mais profundos sobre a justiça e a humanidade em nosso sistema carcerário. Que a partida prematura de Patriota Clezão nos motive a trabalhar incansavelmente por um sistema mais justo e humano, onde a vulnerabilidade e a dignidade de cada indivíduo sejam respeitadas.
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